Parado na beira da estrada
Pensando no que me faz feliz,
Carregando dor que não passa,
Até que alguém para e diz:
“Em que pensas triste rapaz?
Teus olhos reflectem batalha,
Luta que ninguém ganhou...
Será que agora és capaz
De transpor a espessa muralha?
Cicatrizes que o amor deixou...”
Denoto esse alguém a partir
Sem esperar resposta que demorava,
Deixei minha apatia impedir
Reconhecer... quem me indagava.
Então a raiva nasce em mim,
Pois o que sou não quis ouvir
Alguém que me compreendeu...
O meu destino fugiu assim.
Faltou coragem para sorrir...
Quem agora sou eu?
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