sábado, 6 de maio de 2000

Triste rapaz

Parado na beira da estrada

Pensando no que me faz feliz,

Carregando dor que não passa,

Até que alguém para e diz:


“Em que pensas triste rapaz?

Teus olhos reflectem batalha,

Luta que ninguém ganhou...


Será que agora és capaz

De transpor a espessa muralha?

Cicatrizes que o amor deixou...”


Denoto esse alguém a partir

Sem esperar resposta que demorava,

Deixei minha apatia impedir

Reconhecer... quem me indagava.


Então a raiva nasce em mim,

Pois o que sou não quis ouvir

Alguém que me compreendeu...


O meu destino fugiu assim.

Faltou coragem para sorrir...

Quem agora sou eu?

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