sábado, 10 de junho de 2000

Para...

Quanto tempo queimado...

quantos pensamentos por ti

causados, tendo sempre desejado

ter-te apenas junto a mim...


Quantos sentimentos despertados

sensações à muito esquecidas

por mim, paixões aprisionadas

esperando em ti ser revividas...


Não peço muito de ninguém...

tenho medo de agora o fazer.

não quero apenas que haja quem

tenha medo de viver...


Não sei o que sentes por mim

tão pouco o que já sinto por ti

mas sei o que é o amor

e que pode nascer assim...


Não tenhas medo de viver

e deixa-me ser teu

até ao fim...

terça-feira, 6 de junho de 2000

Angela

Olha para ti

Sente a tua própria essência

Será que viste o que vi

Ou senti em tua presença.


Eu vi algo que mal descrevo

(pois o que penso raramente é

aquilo que humildemente escrevo,

as palavras estão abaixo da minha fé).


Tentando fazer jus à visão

O que vi foi doce e meigo

Um olhar que espelhava o coração

Lábios finos lembrando ternos beijos...


As linhas suaves de inocente criança

Baloiçavam como ondas levadas pela maré...

As mãos tentavam alcançar o que não se alcança

Na esperança de saber o que o amor é.


Deste modo te deverias ver,

Mas sei que é impossível meu pedido

Pois só deciframos nosso ser,

Logo após termos vivido.