Olho o infinito,
Esse nada que tudo diz...
Esse oráculo virou mito,
Um mito jamais feliz...
De muitos ouvi dizer
Que o céu, o mar, as estrelas,
Jamais iriam conter
Conselhos de inacabadas novelas.
No entanto que obtenho?
Sussurros insípidos indecifráveis,
Sem revelar que meu sonho
Não é de tectos frágeis...
Meu sonho é somente amar,
Mas amar sem sofrer,
Sem ter de lutar,
Sem me dar a morrer...
Resignadamente, vejo o erro...
Desculpa-me infinito, enfim,
Finalmente me apercebo
Que a resposta estava em mim...
Meu inconsciente sempre soube
Que o amor é assim...
Sofrer por quem nos ouve,
Morrer por um sim...
O mito continua
Sem nunca existir,
Esta visão nua
Faz apenas reflectir...