segunda-feira, 2 de agosto de 1999

O mito do infinito

Olho o infinito,

Esse nada que tudo diz...

Esse oráculo virou mito,

Um mito jamais feliz...


De muitos ouvi dizer

Que o céu, o mar, as estrelas,

Jamais iriam conter

Conselhos de inacabadas novelas.


No entanto que obtenho?

Sussurros insípidos indecifráveis,

Sem revelar que meu sonho

Não é de tectos frágeis...


Meu sonho é somente amar,

Mas amar sem sofrer,

Sem ter de lutar,

Sem me dar a morrer...


Resignadamente, vejo o erro...

Desculpa-me infinito, enfim,

Finalmente me apercebo

Que a resposta estava em mim...


Meu inconsciente sempre soube

Que o amor é assim...

Sofrer por quem nos ouve,

Morrer por um sim...


O mito continua

Sem nunca existir,

Esta visão nua

Faz apenas reflectir...

Sem comentários: