terça-feira, 27 de abril de 1999

Aula de Português

Vou cantar esta cena

Que me deixa ileso...

Há alguém que entenda

Este português teso?


Teso de liberdade,

Eu quero falar...

Mas não há igualdade,

Falo, e é tudo a cortar.


Teso de emoção,

Automatização de assunto....

De batuta na mão

A prof. dá-nos no presunto.


Teso de integridade,

Ninguém julga certo...

Ai! Que saudade

Quando não havia encoberto.


Não há nada a fazer,

Não há nada a dizer...

Continuo sem saber

Como viver neste deserto.

segunda-feira, 26 de abril de 1999

Nothing to say

Too tired to write,

Too tired to speak…

What can I do to invert this scene?


What is wrong with me?

Do we need something to say?

I say what I feel… Don’t feel don’t say…


But I urge to speak

So I don’t cry…

I always seek to stand for my pride.


Ain’t proud on what

I write or say…

Ain’t proud of me

Or my stupid way…


Still I’m arrogant,

Need to impose myself

With nothing to show,

With nothing to hold…


Don’t know

I must be unreal

To think I’m something…

Well…

I know I’m nothing

But forget to survive

Painless, with pride…


So… I need to speak,

I need to say

I’m a bad mother…

And not the freak I know I am…


As I write, with nothing to say,

This pain grows inside,

I feel something trying to get away.


Even feelings inside are abandoning me,

They are here now… Now they’re free…

sexta-feira, 23 de abril de 1999

Diplomacy

This foolish me

Tries to understand,

Why diplomacy

Is so good and bad…

Good for money

Bad for men.


This foolish me,

As my soul cries,

Sees this world free,

Not of war and fights,

Free of preserving life…

Cause this diplomacy

Preserves liders

Who have lives.

(To protect)


This foolish me

Wonders why:

Tanks aim and don’t see

They could hit the guy

Who makes this world free?

Instead they despise

A million precious lives.

Is this diplomacy?

sexta-feira, 16 de abril de 1999

Sem palavras

Não, não fales! Cala-te!

Estou farto de te ouvir

Sempre a julgar... Olha-te!

Se nem vergonha tens, vais repetir...


Como não consegues ver?!

Vê que não consegues pensar.

Estúpido! Que burro, meu ser...

Sem pensar quem pode reparar?!


Então cala-te!!!

Deixa-me estar.

Sei quem

Quando eu souber quem,

Quem levou meu orgulho,

Quem encheu a este alguém

O coração de entulho...


Quem foi não revela

Sua razão, sua sapiência.

Sendo assim valerá a pena

Ir queimar a paciência...


Saber, sempre soube

Quem me fez este convite

Para que assim roube

De mim, minha razão...

Mas meu coração omite

Salvaguardando meu irmão...

Aquele Miúdo

Exuberância, vaidade...

O que faz perder tudo...

Quem me ensina humildade?

Talvez aquele miúdo.


Sim...

Aquele humilde miúdo

Que amava a vida, o mundo...

Era felicidade, seu estudo

Olhava todos pelo fundo.


Mas...

Aquele miúdo foi abandonado,

Entregue à cidade... só...

Mal amado, mal apreciado,

De seu esforço sentia dó.


Meu tutor desapareceu,

Dele só restam vestígios,

Vestígios de quem viveu

Para me livrar de vícios.