terça-feira, 6 de junho de 2000

Angela

Olha para ti

Sente a tua própria essência

Será que viste o que vi

Ou senti em tua presença.


Eu vi algo que mal descrevo

(pois o que penso raramente é

aquilo que humildemente escrevo,

as palavras estão abaixo da minha fé).


Tentando fazer jus à visão

O que vi foi doce e meigo

Um olhar que espelhava o coração

Lábios finos lembrando ternos beijos...


As linhas suaves de inocente criança

Baloiçavam como ondas levadas pela maré...

As mãos tentavam alcançar o que não se alcança

Na esperança de saber o que o amor é.


Deste modo te deverias ver,

Mas sei que é impossível meu pedido

Pois só deciframos nosso ser,

Logo após termos vivido.

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