domingo, 17 de outubro de 1999

Agir num mundo novo

Tudo corre, o mundo gira.

Porém meu ser só deambula,

Levado por marés da vida,

Rodeado por nascentes contínuas.


À minha volta tudo novo.

Quero saber o bem fazer,

Mas como se lida certo,

Se é incerto meu viver?


Talvez o inconsciente, não sei,

Me impeça de dormir bem,

Se o bem não pratiquei

Ou o amor larguei...


Meu inconsciente segue o Senhor,

Desconhecido a todo o Homem.

Então como o posso ouvir

Para conselho antes de dormir?

domingo, 8 de agosto de 1999

Eyes wide shut

With my eyes wide shut

Killing time, wet face

Can’t help bringing up

The moments we made…


Made them from nothing

One after the other

I can hear Vedder sing

Everytime I remember.


Close together in the attic

The smell of your sweet sweat

So intense I could taste it

Now I’m lost without

Your sweet sweet sweat…

segunda-feira, 2 de agosto de 1999

O mito do infinito

Olho o infinito,

Esse nada que tudo diz...

Esse oráculo virou mito,

Um mito jamais feliz...


De muitos ouvi dizer

Que o céu, o mar, as estrelas,

Jamais iriam conter

Conselhos de inacabadas novelas.


No entanto que obtenho?

Sussurros insípidos indecifráveis,

Sem revelar que meu sonho

Não é de tectos frágeis...


Meu sonho é somente amar,

Mas amar sem sofrer,

Sem ter de lutar,

Sem me dar a morrer...


Resignadamente, vejo o erro...

Desculpa-me infinito, enfim,

Finalmente me apercebo

Que a resposta estava em mim...


Meu inconsciente sempre soube

Que o amor é assim...

Sofrer por quem nos ouve,

Morrer por um sim...


O mito continua

Sem nunca existir,

Esta visão nua

Faz apenas reflectir...